Servidores da Cedae fazem protesto após aprovação de projeto sobre venda da empresa

Rio de Janeiro - A aprovação do texto base do projeto de lei de privatização da Cedae mobilizou centenas de manifestantes em protesto.

A manifestação teve início em frente ao prédio da Assembleia Legislativa e após a votação, em resposta, os servidores saíram em passeata até a sede da empresa Cedae, interditando a Avenida Presidente Vargas, uma das principais do centro do Rio e complicando bastante o trânsito da região.

No local houve confronto. Um grupo de encapuzados praticou atos de violência durante o protesto. Uma grade que foi colocada em frente ao prédio da Cedae foi derrubada.

O grupo jogou pedras, quebrou lixeiras. Cartazes do Carnaval, que estavam no sambódromo do Rio, próximo dali, foram destruídos. A Polícia Militar revidou com bombas de gás lacrimogêneo, balas de borracha e spray de pimenta. Um carro da guarda municipal teve o vidro da janela quebrado enquanto passava por uma das ruas próximas.

Segundo a assessoria da Polícia Militar, o Batalhão de Choque da PM deteve 17 manifestantes por vandalismo e o 4º BPM prendeu um homem que estaria com uma barra de ferro.

A advogada Elza Braz, da Comissão de Direitos Humanos da OAB do Rio, se revoltou com a reação de policiais a um grupo de manifestantes da Uerj, Universidade do Estado. Patricia Delgado, servidora da Cedae, há 11 anos, acredita que a privatização vai prejudicar toda a população.

Após os protestos, servidores da Cedae, que estão em greve, discutiram estratégias para a mobilização, que continua nos próximos dias. Nesta terça-feira está prevista uma assembleia para definir ações do movimento grevista.

O secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Saneamento, Paulo Farias, funcionário da Cedae há 32 anos, disse que a luta não terminou. Ao todo foram destacadas 16 emendas ao projeto de lei de privatização da Cedae, que devem ser votadas nesta terça-feira (21). EBC
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