O Rio de Janeiro já tem um prefeito eleito, Crivella venceu a eleição com 59,36% dos votos válidos, totalizando 1.700.030, contra Marcelo Freixo (PSOL), que obteve 40,64%, ou 1.163.662. A abstenção foi de 1.314.950 (26,85%), os votos nulos somaram 569.536 (15,90%) e os votos em branco foram 149.866 (4,18%).
Marcelo Crivella (PRB) disse que não quer vingança contra os adversários que o atacaram durante a campanha e disse que seu projeto é cuidar das pessoas.
“Nós não podemos, jamais, cair na armadilha da praga maldita da vingança. O processo eleitoral termina aqui. Acabou. Nós não temos memórias para injúrias, para calúnias, para infâmias. Vocação da política é olhar para a frente. Nós vamos centrar todas as nossas energias para realizar o projeto que propusemos ao povo, que é cuidar das pessoas”, disse Crivella.
A campanha foi marcada por polêmicas como a revelação de um livro com críticas de Crivella à Igreja Católica e aos homossexuais e também reportagem sobre prisão dele, até então desconhecida, por tentar desalojar uma família de um terreno da Igreja Universal.
Crivella discursou na noite deste domingo (30), em ato na sede do Bangu Atlético Clube. Inicialmente, a assessoria do prefeito eleito informou que seria uma entrevista coletiva à imprensa, o que não ocorreu. Crivella apenas discursou para militantes e políticos que o apoiaram, como os candidatos a prefeito derrotados no primeiro turno Índio da Costa (PSD) e Carlos Osório (PSDB), além da deputada federal Clarissa Garotinho (PR), o deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSC) e o ex-secretário municipal Rodrigo Bethlem, acusado de desvio de dinheiro público.
Não à legalização do aborto e das drogas
Em um segundo discurso, na quadra esportiva do clube, para os militantes que não puderam acompanhar a primeira fala, Crivella disse que sua vitória representa o não à legalização do aborto e das drogas, bandeiras defendidas pelo candidato derrotado Marcelo Freixo (PSOL). “O povo disse bem alto nas urnas: não à legalização do aborto, não à liberação das drogas. Não, não, não e não. O povo também disse não à ideologia de gêneros nas crianças, de cinco ou seis anos de idade. Não, não e não. Não”, discursou em voz alta, arrancando aplausos da militância.
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